Prejuízo, no entanto, pode ser ainda maior

 

O apagão, que já dura mais de 6 dias na cidade de São Paulo (SP), tem gerado prejuízos graves aos setores do varejo e de serviços, além da população em geral. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) calculou que, até o dia 15 de outubro, as perdas brutas somam cerca de R$ 1,65 bilhão.

No caso do varejo, o prejuízo foi de pelo menos R$ 536 milhões nos dias em que parte dos agentes do setor ficou sem funcionar. No caso dos serviços, as perdas somaram R$ 1,1 bilhão. O prejuízo, no entanto, pode ser maior.

De acordo com a FecomercioSP, nos finais de semana, o comércio de São Paulo tende a faturar, em média, R$ 1,1 bilhão por dia, enquanto os serviços têm receitas de R$ 2,3 bilhões.

 

Apagão em SP

A Federação atribui à Enel a responsabilidade pelas perdas econômicas de estabelecimentos como mercados, restaurantes, farmácias e lojas do varejo. É citado, ainda, os custos com o aluguel de geradores de energia.

A entidade lembra que o apagão também prejudica o fornecimento de água, já que muitos edifícios do centro possuem bombas hidráulicas de distribuição. Em nota, a FecomercioSP diz que está trabalhando desde o dia 11 de outubro para colaborar com os setores mais afetados pelo novo apagão em São Paulo.

 

O que diz a Enel?

Em resposta aos jornalistas, a Enel disse que tem trabalhado incessantemente, desde a noite do dia 11 de outubro, quando a área de concessão foi atingida por rajadas de vento de até 107 km/h provocando danos severos na rede elétrica. No entanto, esse compromisso não parece ser visto na prática nem por parte da empresa e muito menos por parte da prefeitura.

 

Privatiza que piora!

Somente nos últimos 4 anos, a empresa de energia acumulou mais de 120 mil processos, segundo o levantamento realizado pelo Escavador. Desse total, mais de 27 mil se referem a demandas pela má qualidade do fornecimento de energia da empresa.

Mesmo diante de todos os erros, a prefeitura de São Paulo não assume as críticas e desvia sua culpa integralmente para a empresa e o Governo Federal. Diante desse cenário, enquanto a Enel e Ricardo Nunes buscam desviar de suas responsabilidades, o Governo Federal já trabalha para auxiliar os comerciantes afetados pela crise.

 

Fontes:

ICL Notícias

Carta Capital

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