Proibido o uso de mais três agrotóxicos pelo judiciário: Abamectina, Gifosato e Tiram

Uma decisão da 7ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal proibiu o uso dos agrotóxicos abamectina, glifosato e tiram no Brasil no dia de ontem, 6 de agosto de 2018. Inúmeros estudos apontam seus danos à saúde humana e ao equilíbrio ambiental. Decisão pode ser revertida, mas representa uma vitória importante em defesa da vida e do meio ambiente.

A juíza que proferiu a ordem relatou que “está mais que suficientemente demonstrada a toxidade dos produtos para a saúde humana”, não restando dúvidas sobre a necessidade da proibição. A conclusão judicial vem embasada por inúmeros estudos que apontam a alta nocividade destes químicos.

O glifosato é o agrotóxico mais utilizado no Brasil, em especial por produtores de soja. A Organização Mundial da Saúde (OMS), a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC, na sigla em inglês), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) já se posicionaram sobre os malefícios da substância: para a IARC, o glifosato reduz a produção de progesterona em mamíferos, afeta a mortalidade de células placentárias e é supostamente carcinogênico; a OMS e a Abrasco o classificaram como “provável carcinógeno humano” – em uma escala de 1 a 5 da OMS, este é o segundo maior risco que pode ser dado a uma substância.

Os produtos já licenciados devem ser retirados do mercado em até 30 dias e novas licenças estão suspensas. A Anvisa tem prazo até o final do ano para concluir reavaliação toxicológica.

Na matéria elaborada pela organização Amigos da Terra Brasil que pode ser vista aqui está relatada toda a decisão e as informações acerca dos produtos proibidos.

Reforçamos o chamado para todos(as) se manifestarem contra a PL do Veneno (ver aqui)

E também para se manifestar a favor da Política Nacional de Redução de Agrotóxicos por meio do PL 6670/2016 (ver aqui).

Chega de Veneno!

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