O Brasil é o maior consumidor de veneno do mundo. Em média, o brasileiro consome 7 litros de veneno por ano, num comércio que movimento mais de 2 bilhões de dólares por ano e provoca mais de 70 mil intoxicações agudas e crônicas, segundo dados da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO).

Como se já não bastasse estes recordes horríveis, o Brasil deu mais um salto para o atraso. Na última segunda-feira (25 de junho) a comissão especial instituída na câmara para avaliar o Projeto de Lei 6299/02 (de autoria do atual ministro da Agricultura e “rei da soja” Blairo Maggi) que amplia o uso de venenos aprovou por 18 votos contra 9 o projeto que agora segue para o plenário da câmara (veja aqui a lista dos 18 deputados do veneno e saiba mais sobre o PL do veneno).

Conforme retratou recentemente o jornal A Folha de São Paulo (ver aqui), 30% dos 504 agrotóxicos permitidos no Brasil são vetados na União Europeia, a exemplo do acefato (o quinto mais vendido no Brasil) que ,conforme apontamento da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), se trata de um agente neurotóxico, que pode ter efeitos sobre o sistema endócrino, causando danos irreversíveis.

A propósito dos chamados “pertubadores endócrinos”, em artigo recente (ver aqui) o professor da USP José Eli da Veiga alerta que eles podem estar por detrás da queda de inteligência verificada em populações europeias (por meio da redução do chamado Q.I), sendo que a ausência de controle se revela como um problema de ordem mundial, mas que no Brasil ganha contornos dramáticos com o avanço do “PL do veneno”.

Vale ainda destacar o alerta da ONU sobre a aprovação do “PL do veneno” no Brasil, a partir do envio de carta ao governo apontando preocupações sobre a possível aprovação do PL. Caso seja aprovado, sete convenções internacionais assinadas pelo Brasil podem ser descumpridas (ver aqui mais informações).

Portanto, é tempo de intensificar a pressão no congresso, ampliar o diálogo social e a denúncia dos 18 deputados que aprovaram na comissão especial o PL do Veneno!

Assine aqui a campanha CHEGA DE AGROTÓXICOS, que institui a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (ver aqui mais informações)

Diga não ao PL do Veneno!

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