Estudo realizado pela ONG Global Footprint Network afirma que a humanidade terá consumido até o dia de hoje (1º de agosto de 2018) o conjunto de recursos que a natureza pode renovar no período de um ano, a exemplo da água, das árvores, do solo fértil e dos peixes .
O chamado dia “D” da Sobrecarga da Terra tem neste ano de 2018 a data mais cedo já registrada. Quando começou a ser calculado, na década de 1970, os recursos foram esgotados em 29 de dezembro. Em 2017, a data já havia sido antecipada para 3 de agosto.
Segundo Valérie Gramond do Wild World Fund (entidade vinculada a ONG Global Footprint Network) teremos emitido mais dióxido de carbono do que as florestas podem absorver e no dia de hoje precisaríamos de 1,7 planeta Terra para satisfazer nossas necessidades.
Valerie aponta ainda que tal esgotamento acelerado se deve ao consumo excessivo e desperdício de comida, apontando que 1/3 da comida consumida no mundo é desperdiçada. Para o Olhar de Classe, trata-se de um diagnóstico evidente da insustentabilidade do capitalismo, que além de privar grandes massas de uma padrão digno de reprodução da vida é baseado no consumo irresponsável, na exploração excessiva dos recursos naturais e do trabalho e em mecanismos como a obsolescência programada, que reduz a vida útil dos produtos para beneficiar os capitalistas e aumenta o uso de recursos desnecessariamente.
Por fim, o estudo (que pode ser acessado aqui em inglês) aponta medidas para reverter a tendência atual, como a replantação do modelo de cidades, impulsionamento de energias renováveis, redução do desperdício de comidas e do consumo excessivo de carnes.
Cabe a nós cuidar do planeta e torná-lo sustentável para as próximas gerações!
Fonte da matéria, Estadão (ver aqui).
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